Durante reunião climática em Paris, cientistas pedem medidas urgentes

11/07/2015 13:54

Na última semana, durante uma conferência de cientistas a respeito do clima, foram pedidas medidas urgentes para desacelerar as mudanças climáticas. As ações inclui diversos setores, o energético, alimentício, industrial, agropecuário e de transportes.

O pedido foi realizado ao final de 4 dias de discussão intensa sobre o aquecimento global na sede da Unesco, em Paris. Durante esta reunião, estavam presentes mais de 2000 especialistas de mais de 100 diferentes países. A movimentação se deu 5 meses antes da conferência sobre o clima (COP21) que será realizada também em Paris. Este evento será de suma importância na luta contra as mudanças climáticas.

"As mudanças climáticas são um desafio determinante do século 21" e "2015 é um ano crucial para realizar avanços", declaram 36 pesquisadores e representante do comitê científico da conferência da Unesco.

Alertam ainda a respeito da dimensão dos problemas climáticos. Hoje, nenhum continente está livre de mudanças em seu clima. Essas estão ocorrendo a uma velocidade como jamais ocorreu, favorecendo a ocorrência de fenômenos perigosos, como ondas de calor, fortes tempestades, incêndios e secas.

Os oceanos podem ficar mais ácidos, seu nível irá de elevar, espécies marinhas irão ter que migrar para outras regiões, afetando a pesca, a agricultura irá se prejudicar com as mudanças na dinâmica da atmosfera, o que poderá causar problemas na produção de alimentos. Em resumo, o aquecimento global tem o poder de alterar de forma significativa os ecossistemas do planeta, provocando várias alterações no padrão de vida dos humanos.

Segundos especialista do IPCC, é economicamente viável realizar mudanças em escala global para evitar que as emissões de gases de efeito estufa façam com que a temperatura global suba mais de 2°C. Tomar medidas mais tarde poderia custar muito mais caro.

A soma dos custos da realização de todas as mudanças necessárias para conseguir esse objetivo seria exorbitante, mais ainda se esperar mais para torna-las realidade. Só as alterações no setor energético representaria uma pequena fração do orçamento.

De acordo com o renomado economista, Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, lutar contra as mudanças climáticas não só ajudaria na questão ambiental como criaria empregos e melhoraria a economia, reduzindo as desigualdades sociais.

Os cientistas ainda alarmam para outro dado importante. O limite que pode-se tolerar para o aumento da temperatura é de 2°C, todavia, já foi registrado um aumento de 0,8°C, o que aperta mais ainda o prazo para tomar medidas. De acordo com eles, as emissões de gases poluentes teriam de ser zeradas a partir de agora e assim permanecer até o final deste século.

Segundo os pesquisadores, os setores que podem atuar com maior rapidez através de mudanças são o de produção de eletricidade, o automobilístico e o industrial, este último utilizando, em sua maior parte, recursos ecológicos, desestimulando o desmatamento.

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