Estudantes brasileiros conquistam três medalhas na Olimpíada Internacional de Biologia

19/07/2015 20:16

O Brasil conquistou três medalhas na Olimpíada Internacional de Biologia, que aconteceu na Dinamarca e teve fim no último sábado (18). Quatro estudantes representaram o país na competição, entre eles três receberam medalhas. Gabriel Voltani Guedes, de 17 anos, Matteo Celano Ebram, de 16 anos e Leticia Pereira de Souza, de 17 anos, foram premiados com medalhas de bronze. O estudante Erick Tavares Marcelino Alves, de 16 anos, também representou o país.

O evento contou com a presença de mais de 250 competidores de 61 países. A classificação foi feita através de 6 provas (4 práticas e 2 teóricas). Dentre estes testes, os estudantes tiveram ainda que dissecar peixes para identificar suas estruturas, além de terem realizado experimentos de biologia molecular.

"As provas foram muito complexas e o nosso resultado foi o melhor dentre os países ibero-americanos. Estou muito feliz com a nossa conquista", disse Rubens Akeshi Macedo Oda, coordenador nacional da Olimpíada.

"Estou muito feliz e com um sorriso que dá para ver de costas! Aqui a gente vê pessoas de todos os países e interagimos com eles. É um intercâmbio incrível", disse a estudante Leticia Pereira, bastante alegre com a experiência. A participante marca presença pela terceira vez em uma olimpíada internacional.

O garoto Gabriel já conquistou medalha na Olimpíada Ibero-americana em 2014. Agora ele conseguiu outra de bronze na Dinamarca. "É indescritível. É uma oportunidade única de conhecer outras culturas. Foi muita coisa sensacional em uma semana". O estudante visa cursar medicina na Universidade de São Paulo (USP).

Matteo é o representade brasileiro mais jovem. Esta é a primeira vez que ele participa de uma olimpíada internacional. "É muito importante para mim. Foi muito legal  ter contato com países de todos os continentes. São pessoas da minha idade e que têm os mesmos objetivos que eu. Provavelmente, as pessoas que vão estudar biologia e ciências nos próximos anos estão aqui". O garoto tem a intenção de cursar medicina nos EUA.

Erick, apesar de não ter sido premiado com medalha, diz que a viagem foi muito significativa. "Participar destas olímpiadas é muito legal, porque trocamos histórias, línguas, músicas e culturas". Esta é a segunda vez que ele participa de uma olimpíada internacional.

O coordenador nacional ficou feliz com o resultado, mas diz que o Brasil está numa espécie de 3º pelotão. "O primeiro grupo é de países asiáticos, Estados Unidos, Rússia e Inglaterra. Já o segundo pelotão é formado por Suíça, Ucrânia, Romênia e outros. E nós aparecemos no terceiro pelotão. Isso só mostra que ainda é necessário um grande investimento de educação no nosso país", disse ele.

"Nós levamos quatro anos para ganhar a nossa primeira medalha. Há seis anos que ganhamos medalhas e são todas de bronze, o que mostra como o caminho a ser percorrido é longo", complementou. Nas últimas edições o país só conseguiu uma de prata e as demais de bronze. Nenhuma vez conquistamos um ouro.

Durante o evento, os estudantes tiveram a oportunidade de visitar museus, parques temáticos e pontos turísticos da cidade.

"O clima é muito amistoso. Mostra para estes jovens que se trata de uma competição, mas também é uma conquista de amigos, de novas culturas. Todos são amigos e ao mesmo tempo estão competindo entre si. Como professor eu me emociono, porque é a realização do profissional. Estes alunos acreditam na educação como forma de transformação, como forma de crescimento”, destacou Oda.

Voltar

Contato

© 2014 Todos os direitos reservados.

Crie um site grátisWebnode