Japoneses lançam programa genético para detectar doenças raras
23/07/2015 18:37
Um programa direcionado para análises de genoma humano foi iniciado pela Agência japonesa de Pesquisa e Desenvolvimento. O objetivo é ajudar nos diagnósticos de doenças genéticas raras.
O projeto está focado em pessoas que possuem enfermidades não diagnosticadas no mundo todo. Um banco de dados seria criado com informações sobre pacientes portadores de enfermidades genéticas raras, o que ajudaria nos diagnósticos de outras pessoas com os mesmos problemas ao redor do mundo, de forma mais rápida e precisa. O programa está sendo financiado pelo governo japonês.
"A cooperação internacional é um ativo muito importante nesta matéria, porque algumas doenças extremamente raras só atingem um paciente em um país, por exemplo, e há casos nos quais uma doença é identificada encontrando pacientes em outros lugares", disse o líder do projeto, Yoichi Matsubara.
De acordo com o professor de medicina genética do hospital universitário Keio de Tóquio, Kenjiro Kosaki, há aproximadamente 7 mil patologias genéticas que ocorrem em um numero bastante restrito de pessoas em todo planeta. Sendo assim, os médicos ficam incapazes de fornecer um diagnóstico preciso a respeito de pacientes portadores dessas doenças.
Para que uma doença seja considerada rara ela deverá afetar 0,05% da população. Estima-se que 300 milhões de pessoas no planeta sofrem com algum tipo de doença rara.
"as análises de genoma nunca foram plenamente utilizadas em medicina até agora", afirma Kosaki. Ele estima que só no Japão nasçam 10 mil crianças portadoras de enfermidades desse tipo a cada amo.
O programa prevê que neste ano cerca de mil pessoas entre adultos e crianças serão direcionados a um dos 17 hospitais com capacidade de diagnosticar doenças raras no país. Caso eles não consigam um diagnóstico, os pacientes serão encaminhados a outras 4 instituições com recursos para análise de genoma, a fim de determinar o quadro clínico do paciente.
Projetos semelhantes já foram feitos nos Estados Unidos e no Reino Unido. Programas dessa índole ajudam geneticistas de mundo inteiro a realizar diagnósticos de doenças raras.